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Governo |
24-01-2024 11:30:59
| Fonte: CIPRA
CUMPRIMENTOS DE ANO NOVO
Presidente da República apela à paz e harmonia entre nações
<p>O Presidente da República, João Lourenço, apontou como principal foco para 2024 a necessidade de preservação da paz e harmonia entre as nações, com vista ao desenvolvimento económico e social dos países.</p><p>O Chefe de Estado angolano discursava durante a tradicional cerimónia de Cumprimentos de Ano Novo, a si e à Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, apresentados pelo corpo diplomático acreditado em Angola, esta terça-feira, 23 de Janeiro, no Palácio Presidencial, em Luanda.</p><p>Na ocasião, João Lourenço propôs um brinde à saúde de todos e à paz universal, na esperança de que 2024 seja o ano do fim dos grandes conflitos no mundo.</p><p>O Presidente da República destacou a paz, a estabilidade e a reconciliação nacional em África, nomeadamente nas repúblicas Democrática do Congo (RDC) e Centro-Africana (RCA), em Moçambique, no Sudão e no Sahel, como uma das componentes essenciais da diplomacia angolana.</p><p>Segundo o Estadista, Angola vem promovendo várias iniciativas voltadas à resolução dos conflitos que assolam estes países, e outros que geram igualmente insegurança e afectam o continente.</p><p>O Chefe de Estado angolano disse vislumbrar sinais encorajadores que o animam a prosseguir até que seja alcançada a paz e a estabilidade.</p><p>Entretanto, reafirmou a preocupação com as mudanças inconstitucionais de governos em África, que, a seu ver, vêm ocorrendo com frequência e impunidade para com os seus autores, sendo uma flagrante violação dos princípios defendidos pela União Africana e pelas Nações Unidas.</p><p>Para João Lourenço, uma atitude passiva e contemplativa dos próprios africanos e dos seus parceiros internacionais, perante estes factos, encoraja a proliferação deste fenómeno, a todos os títulos condenável, constituindo um grande perigo de retrocesso nas conquistas já alcançadas em termos de estabilidade política e social, necessária à boa governação e ao desenvolvimento sócio-económico de África.</p><p>“Olhamos com apreensão para os acontecimentos que vêm ocorrendo nos últimos anos em diferentes continentes, onde assistimos à violação do Direito Internacional e dos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas, o que representa uma verdadeira ameaça à paz e segurança internacionais. A guerra entre a Rússia e Ucrânia é um desses casos”, acrescentou.</p><p>O Chefe de Estado angolano defendeu ainda que o mundo não pode aceitar que a lei do mais forte prevaleça sobre a ordem internacional estabelecida, que se rege por princípios aceites por todos os Estados-membros das Nações Unidas e que, sem necessidade de recorrer à força das armas, têm toda a liberdade e o direito de lutar pela sua reforma, com vista a uma melhor adequação à realidade do mundo actual.</p><p>“Se considerarmos normal que certos países possam ocupar e anexar territórios alheios, apenas porque se sentem nesse direito e porque são uma potência militar, então estaremos a transformar o nosso planeta numa verdadeira selva, sem regras e a abrir caminho para o perigo da corrida armamentista à escala global, o que levará necessariamente à redução dos investimentos em infra-estruturas, educação, saúde, habitação e criação de emprego”, disse.</p><p>Havendo ainda inúmeros outros focos de tensão no mundo, João Lourenço recomendou a importância do trabalho árduo na via negocial e diplomática, na redução das tensões internacionais, fazendo prevalecer a importância e urgência de se respeitarem os princípios estruturantes das relações internacionais no que concerne à necessidade da não ingerência nos assuntos internos, o respeito da soberania e da integridade territorial dos Estados.</p><p>Entre outras entidades, foram cumprimentar o Presidente da República e a Primeira-Dama, chefes de missões diplomáticas e consulares, e representantes de organizações internacionais do Sistema das Nações Unidas.</p>