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Notícia
Saúde |
02-02-2024 19:05:36
| Fonte: CIPRA
SURTO DE CÓLERA
Presidente João Lourenço apela reforço de sistemas de saúde na SADC
<p>O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, apelou aos Estados-Membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) a estarem preparados para emergências de saúde pública e para o reforço dos sistemas sanitários.</p><p>João Lourenço, também Presidente em Exercício da SADC, fez o apelo na abertura da Cimeira Extraordinária desta organização regional, que decorreu em formato virtual e analisou o surto de cólera que assola países membros.</p><p>“A nossa preparação para emergências de saúde pública constitui uma exigência vital, no momento actual. Devemos estar prontos para enfrentar e superar os desafios que se colocam, tendo em conta que a prevenção é a chave do problema. Por isso, devemos nos empenhar em fortalecer os nossos sistemas de saúde, a vigilância epidemiológica, laboratorial e ambiental, mitigar os riscos e educar a nossa população”, sublinhou.</p><p>João Lourenço reconheceu a urgência de uma resposta e a necessidade de uma acção coordenada e eficaz para enfrentar o problema.</p><p>“A crise de saúde pública que assola a nossa região representa uma séria ameaça ao desenvolvimento sustentável e ao bem-estar dos nossos povos. Neste momento crítico, devemos reconhecer a urgência da nossa resposta e a necessidade de uma acção coordenada e eficaz, pois a cólera não conhece fronteiras e exige uma abordagem regional para enfrentá-la”, frisou.</p><p>O Chefe de Estado destacou igualmente a urgência no fortalecimento dos mecanismos de transferência tecnológica, para que se invista em fábricas para a produção local de medicamentos, produtos médicos e vacinas, visando a auto-suficiência, o desenvolvimento económico e tecnológico, a criação de empregos e a inovação do sector farmacêutico da região.</p><p>O Presidente em exercício da SADC considerou crucial o fortalecimento da vigilância epidemiológica em todos os pontos fronteiriços, para garantir a segurança sanitária e reduzir a transmissão da doença na circulação de pessoas, bens e serviços entre os países.</p><p>De acordo com a titular do sector da saúde, Sílvia Lutucuta, a região está desde 2022 a ser afectada por surtos de cólera, agravando-se com as dificuldades do saneamento básico e alterações climáticas.</p><p>“As chuvas torrenciais e os ciclones, de facto, têm colocado a nossa população em risco. Desde essa altura, já temos o registo de mais 660.000 casos de cólera com mais de quatro mil óbitos”, informou a ministra angolana da Saúde.</p><p>De acordo com Sílvia Lutucuta, desde à quadra festiva ao início deste ano, houve um aumento considerável de casos de cólera na Zâmbia, Zimbabwe e também em Moçambique, com excepção de Angola, Namíbia e Botswana.</p><p>A reunião teve como objectivo tomar decisões para prevenir, combater a propagação e dar uma resposta efectiva à doença, baseadas nas constatações dos ministros da Saúde e no relatório do Conselho de Ministros da SADC, que exige uma abordagem integrada e holística que aborde não só os desafios da saúde, mas também os desafios económicos, sociais, ambientais e de governança, de forma eficaz e sustentável.</p>