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Política |
26-05-2024 16:07:12
| Fonte: CIPRA
MORONI
Presidente da República João Lourenço discursa na cerimónia de investiduras nas Comores
<p>O Presidente da República de Angola, João Lourenço, também Presidente em Exercício da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), foi um dos oradores no acto realizado este domingo no Estádio Polidesportivo de Malouzini, na capital das Comores, e que marcou a investidura do Presidente do país para os próximos cinco anos, Azali Assoumani.</p><p> Segue-se o conteúdo do discurso do Chefe de Estado:</p><p>《Sua Excelência Azali Assoumani, Presidente da União das Comores;</p><p>Excelências Chefes de Estado e de Governo;</p><p>Excelências Representantes de Chefes de Estado e de Governo;</p><p>Distintos Convidados;</p><p>Minhas Senhoras, Meus Senhores</p><p>Constitui para mim uma grande honra estar hoje em Moroni, capital das Comores, para participar na cerimónia de investidura de Vossa Excelência no cargo de Presidente da República das Comores, para o qual foi reconduzido em eleições realizadas no dia 14 de Janeiro do corrente ano.</p><p>Tenho a firme convicção de que a sua reeleição é o reconhecimento do povo das Comores pela acção empenhada de Vossa Excelência no esforço de transformação do país rumo ao desenvolvimento económico, progresso social e prosperidade para todos.</p><p>Sabemos que terá pela frente, uma vez mais, tarefas de elevado grau de complexidade para colocar o vosso país no caminho do desenvolvimento mas acreditamos que Vossa Excelência, com o seu dinamismo e devoção às causas mais nobres dos comorenses, saberá transpor os obstáculos e barreiras que surgirão.</p><p>Excelências, <br>Minhas Senhoras, Meus Senhores</p><p>Esta importante cerimónia é também um momento oportuno para realçar o papel que Vossa Excelência desempenhou enquanto Presidente em Exercício da União Africana no ano de 2023, no sentido de abordar os grandes temas do nosso continente com o realismo e o pragmatismo necessários à resolução dos principais problemas que a África enfrenta.</p><p>Este é um legado que nos orgulha e que vai servir de guia e de orientação para definirmos as estratégias que permitam acelerar os processos de promoção do diálogo tendente a pôr fim aos conflitos no nosso continente e, assim, abrir o caminho ao desenvolvimento económico e social de nossos países.</p><p>Excelências <br>Minhas Senhoras, Meus Senhores</p><p>Nesta cerimónia estamos perante uma demonstração de que a única via sustentável e legítima de se conquistar o poder em África é através de eleições livres, justas e transparentes, que dão ao povo a oportunidade de celebrar a festa da democracia com todas as suas reconhecidas virtudes, pois os líderes saídos de eleições podem contar com uma base popular ampla e consistente que lhes permite governar com legitimidade num clima de maior serenidade e estabilidade.</p><p>A nossa região da SADC continua a ser um bom exemplo no que diz respeito à realização, com regularidade, de eleições livres e transparentes, cujos resultados não geram, em regra, contestação violenta que ponha em perigo a manutenção da ordem e estabilidade dos países nem os fundamentos do Estado Democrático e de Direito.</p><p>Para este ano, aguardamos a realização das eleições gerais na Namíbia, no Botswana, em Moçambique e na África do Sul, onde esperamos, mais uma vez, que os resultados venham a ser respeitados poŕ todos os partidos concorrentes.</p><p>Minhas Senhoras, Meus Senhores</p><p>Continuamos preocupados com a situação de instabilidade e guerra ainda vigente em alguns dos Estados membros da SADC, nomeadamente em Moçambique e na República Democrática do Congo, para quem reiteramos o nosso contínuo apoio e solidariedade.</p><p>Estamos igualmente apreensivos com o conflito armado no Sudão, que tem causado um número crescente de vítimas humanas e grande destruição de importantes infra-estruturas económicas do país, assim como um elevado número de deslocados internos e de refugiados, desestabilizando os países vizinhos que se vêem com dificuldades de acudir a emergência humanitária criada.</p><p>Compreendemos que as agências humanitárias internacionais priorizam o atendimento a outros conflitos em curso, nomeadamente na Palestina, para acudir sobretudo a situação de grave catástrofe humanitária em que se encontram as populações civis da Faixa de Gaza, mas o povo sudanês merece igual atenção e a guerra do Sudão não pode ser uma guerra esquecida e simplesmente ignorada pela comunidade internacional.</p><p>Gostaria de terminar desejando ao Senhor Presidente os maiores êxitos no desempenho das funções de Presidente da República da União das Comores.</p><p>Muito obrigado pela Vossa atenção》.</p>