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Notícia
Política |
13-03-2025 12:46:46
| Fonte: CIPRA
FUTURO DA FAIXA DE GAZA
UA defende abertura de corredores humanitários e regresso dos deslocados palestinianos
<p>A União Africana (UA) exortou as autoridades israelitas a permitir a abertura de corredores humanitários e viabilizar o regresso de mais de dois milhões de palestinianos deslocados internamente e refugiados nos países vizinhos.</p><p>Este apelo foi feito esta terça-feira, 4 de Março, pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na qualidade de Presidente em Exercício da União Africana, durante a Cimeira Extraordinária da Liga Árabe sobre o futuro da Faixa de Gaza, realizada no Cairo, capital do Egipto.</p><p>Na ocasião, João Lourenço manifestou preocupação com a contínua política de expansão dos colonatos, a ocupação e anexação ilegal de territórios palestinianos e as tentativas de deslocação forçada da população palestiniana.</p><p>Defendeu também a necessidade de se preservar a coexistência pacífica entre religiões e culturas, alertando para os perigos do fanatismo e do radicalismo como catalisadores do ódio e da violência.</p><p>“Tendo a Liga Árabe um papel crucial na prossecução de iniciativas que visam o alcance de soluções pacíficas e duradouras para os dois países e a região, reitero, em nome da União Africana, o compromisso de juntos trabalharmos em prol do alcance de uma paz duradoura e sustentável no conflito que opõe Israel ao Hamas", declarou.</p><p>João Lourenço reafirmou o reconhecimento da Autoridade Palestiniana pela União Africana e expressou total apoio à luta do povo palestiniano pelo direito à autodeterminação, em conformidade com a Resolução 149 das Nações Unidas de 1948 e outras resoluções pertinentes.</p><p>Para o Presidente em exercício da União Africana, a solução política para o conflito deve basear-se na criação de um Estado palestiniano soberano, delimitado pelas fronteiras anteriores a 4 de Junho de 1967, com Jerusalém Oriental como capital.</p><p>Quanto ao cessar-fogo e à libertação de reféns, João Lourenço congratulou-se com a implementação do acordo faseado de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, resultado dos esforços diplomáticos conduzidos pelo Egipto e o Qatar, com o apoio dos Estados Unidos da América.</p><p>Ressaltou, igualmente, a importância do processo em curso de libertação dos reféns israelitas e palestinianos, augurando que tal medida represente o primeiro passo para a construção definitiva da paz na região.</p><p>O Chefe de Estado angolano advertiu para o risco iminente da propagação do conflito a toda a região do Médio Oriente, alertando para as suas potenciais consequências desastrosas para a paz e estabilidade internacional.</p><p>O líder da União Africana sublinhou que o continente africano tem mantido uma posição firme e coerente em apoio à causa do povo palestiniano, defendendo a solução de dois Estados como premissa essencial para a paz, a estabilidade e a segurança regional.</p><p>João Lourenço condenou veementemente os ataques perpetrados pelo Hamas em 7 de Outubro de 2023, mas classificou como desproporcional a resposta militar de Israel, que resultou numa catástrofe humanitária sem precedentes na Faixa de Gaza.</p><p>A Cimeira Extraordinária da Liga Árabe contou com a participação de vários Chefes de Estado e de Governo da região, representantes de entidades internacionais como a União Africana, Nações Unidas, com uma delegação liderada pelo Secretário-Geral da organização, António Guterres, e a União Europeia, com a presença do Presidente do Conselho Europeu, António Costa.</p>