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Governo |
17-10-2025 18:17:25
| Fonte: CIPRA
INFRA-ESTRUTURAS HOSPITALARES
Serviço Nacional de Saúde dispõe de 3.355 unidades sanitárias
<p>O Serviço Nacional de Saúde dispõe de 3.355 unidades sanitárias actualmente, contra as 320 existentes em 1975, resultado do investimento contínuo feito pelo Executivo nos últimos anos, com destaque para a expansão e modernização das infra-estruturas hospitalares em todo o território nacional.</p><p>Os dados foram avançados pelo Presidente da República, João Lourenço, na apresentação da Mensagem sobre o Estado da Nação, proferida esta quarta-feira, 15 de Outubro, na sessão solene de abertura do 4.º ano parlamentar da 5.ª legislatura.</p><p>Na ocasião, o Chefe de Estado apresentou os principais avanços registados no sector da saúde, com realce para a ampliação da rede sanitária e o reforço de recursos humanos.</p><p>João Lourenço referiu que a rede pública de saúde passou a disponibilizar 44.222 camas hospitalares, das quais 1.609 são destinadas a cuidados intensivos, garantindo uma maior capacidade de resposta em todo o país.</p><p>O Presidente destacou que os progressos alcançados são fruto de políticas de investimento sustentadas e de uma gestão mais eficiente do Sistema Nacional de Saúde.</p><p>À data da Independência, lembrou, Angola contava apenas com 19 médicos e uma rede sanitária incipiente, com infra-estruturas degradadas e falta de equipamentos.</p><p>Para João Lourenço, hoje o quadro é diferente, graças à dedicação dos profissionais de saúde e ao investimento contínuo do Executivo.</p><p>O Chefe de Estado frisou que 46.649 novos profissionais foram admitidos no sistema entre 2017 e 2024, incluindo 3.828 médicos e 27 mil enfermeiros, o que representa um aumento de 43,6 por cento da força de trabalho do sector.</p><p>Deste total, 80 por cento estão colocados nos municípios, tendo em conta o princípio de que os cuidados primários devem ser prestados o mais próximo possível das comunidades.</p><p>Igualmente, João Lourenço apontou que o país dispõe de 35 unidades de hemodiálise em 12 províncias, que acompanham actualmente 4.762 doentes e realizam mais de 600 mil sessões de diálise por mês, um feito que classificou como “revolucionário” na prestação de cuidados médicos especializados.</p><p>Outro marco apontado pelo Chefe de Estado foi o início da cirurgia robótica no Complexo Hospitalar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, onde já foram realizadas 28 cirurgias de urologia minimamente invasivas, comandadas a partir dos Estados Unidos da América, o que coloca Angola entre os países africanos pioneiros na aplicação de tecnologia médica avançada.</p><p>O Presidente reconheceu, no entanto, que persistem desafios, sobretudo na produção nacional de medicamentos e material hospitalar. Por esta razão, acrescentou, o Executivo está a apostar na indústria farmacêutica, para reduzir a dependência externa e fortalecer a soberania sanitária.</p><p>Nos últimos 18 meses, o país ganhou novas unidades hospitalares de média e grande dimensão, entre as quais os Hospitais Gerais de Viana, Cacuaco, Cunene, Cuanza-Sul e Cuanza-Norte, além de unidades municipais como as de Bula Atumba, Ecunha e Caluquembe.</p><p>O Chefe de Estado anunciou ainda a conclusão, para breve, do Hospital dos Queimados, em Luanda, e do Hospital Geral de Mbanza Kongo, no Zaire.</p><p>Os resultados, segundo João Lourenço, reflectem-se na melhoria dos principais indicadores de saúde pública. A mortalidade infantil caiu de 44 para 32 por mil nados vivos, e a mortalidade materna baixou de 239 para 170 por 10 mil nados vivos, evidenciando o impacto das políticas de saúde pública e da municipalização dos serviços.</p><p>O Presidente sublinhou que a esperança média de vida dos angolanos atingiu 64,6 anos, um progresso significativo face aos 41 anos registados nos primeiros 25 anos de independência, e defendeu a continuidade dos programas de formação e especialização de quadros, para abranger 38 mil profissionais até 2027.</p><p>No final da sessão, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, afirmou, em declarações aos jornalistas, que o Executivo está a consolidar o investimento nos cuidados primários de saúde, com a construção de 372 novas unidades no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e a implementação de programas de formação que “já estão a dar frutos”.</p><p>Sílvia Lutucuta assinalou que foram realizados os maiores concursos públicos da história do sector, com a admissão de mais de 46 mil profissionais, dos quais a maioria se encontra ao serviço das comunidades.</p><p>“Os nossos indicadores são animadores. A mortalidade infantil e materna baixou, a cobertura vacinal aumentou e a esperança média de vida atingiu 64 anos. Estamos no bom caminho”, assegurou Sílvia Lutucuta.</p>