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Governo |
06-11-2025 22:06:46
| Fonte: CIPRA
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Jornada de condecorações foi apelo à unidade nacional
<p>A jornada de condecorações foi um apelo ao trabalho contínuo pela unidade nacional e abrangente a cidadãos de Cabinda ao Cunene, numa mensagem clara de que “somos um só povo e uma só nação”, disse o Presidente da República, João Lourenço.</p><p>No seu discurso hoje, 6 de Novembro, na 8.ª cerimónia de condecorações no âmbito dos 50 anos da Independência Nacional, João Lourenço explicou que na jornada de condecorações foram consideradas as gerações mais velhas e as mais novas, reconhecendo tanto a importância do passado, quanto a necessidade de se continuar a construir uma Angola que se renova e desenvolve todos os dias com as mais jovens gerações de angolanos.<br><br>O Chefe de Estado disse ainda que se procurou contemplar todas as franjas da sociedade, homens e mulheres de diferentes confissões religiosas, de todas as profissões e categorias ocupacionais, de todos os níveis de escolaridade, intelectuais, líderes políticos, governantes, generais, oficiais e soldados, polícias, autoridades tradicionais, líderes religiosos, desportistas e fazedores de cultura e das artes, escritores, jornalistas e todos aqueles que deram o seu modesto contributo para Angola se tornar independente, resistir a todo tipo de agressão, se reerguer dos escombros da guerra e reconstruir as infra-estruturas, para Angola crescer, se desenvolver e afirmar no concerto das nações. <br><br>“Cada condecoração é uma mensagem de agradecimento e, ao mesmo tempo, um apelo da Nação para que façamos mais por ela; representa os momentos em que estivemos presentes quando Angola chamou por nós, é a renovação do nosso compromisso e disponibilidade para continuarmos a escrever juntos páginas de uma nova jornada”, acrescentou.</p><p>Sendo a medalha dos 50 anos da Independência Nacional específica para este jubileu, João Lourenço disse que nos anos que se seguem o país vai continuar a reconhecer e a exaltar exemplos de bravura, de abnegação e de patriotismo em todos os domínios, e continuar a condecorar cidadãos angolanos, no quadro do sistema de condecorações estabelecido e em vigor.</p><p>Durante a cerimónia de outorga de medalhas no âmbito das celebrações dos 50 anos da Independência Nacional, João Lourenço reconheceu e agradeceu a inestimável ajuda dos antigos países socialistas da Europa do Leste, com destaque para a ex-União Soviética, actual Rússia.</p><p>A contribuição desses países foi determinante para a conquista da independência e da soberania nacional, bem como para a formação de jovens quadros angolanos em universidades e academias militares.</p><p>O Presidente manifestou igualmente gratidão a Cuba pela ousada “Operação Carlota” e pela participação dos soldados cubanos nas principais operações militares contra invasores estrangeiros, pela formação massiva de jovens angolanos em especialidades civis e militares e pela cooperação nas áreas de educação e saúde.</p><p>Agradeceu ainda ao Brasil, primeiro país a reconhecer a independência de Angola, pela confiança demonstrada, incluindo a abertura de linhas de crédito do BNDES para infra-estruturas estratégicas, como a central hidroeléctrica de Capanda, a primeira grande barragem construída em Angola independente.</p><p>João Lourenço enalteceu a ajuda da República Popular da China, que concedeu uma linha de financiamento substancial para a reconstrução nacional, permitindo a reabilitação de estradas, pontes, subestações e redes de transmissão eléctrica, sistemas de produção e distribuição de água e o caminho-de-ferro de Benguela, bem como a construção de portos e aeroportos, como o Porto do Caio, em Cabinda, e o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto.</p><p>O Chefe de Estado expressou ainda reconhecimento ao Vaticano pelo gesto do Papa Paulo VI de receber em audiência os líderes dos movimentos de libertação de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, e às igrejas protestantes metodista, congregacionais americanas e canadenses pelo papel educativo e social junto dos jovens e das comunidades mais pobres.</p><p>Os agradecimentos estenderam-se aos comités de solidariedade da Europa Ocidental, incluindo a Suécia, os Países Baixos, o Reino Unido e a Itália pelo apoio político e material à causa angolana, assim como aos países africanos que acolheram movimentos de libertação, nomeadamente Argélia, Marrocos, Tanzânia, Congo-Brazzaville e Zâmbia, todos os países da chamada “Linha da Frente”, que tiveram um papel determinante na luta contra o Apartheid.</p><p>A Nigéria foi também citada pela ajuda financeira concedida nos primórdios da Independência nacional e ao facto de ter sido, juntamente com a Argélia, um dos primeiros países que deu formação superior no ramo dos petróleos aos primeiros quadros que integraram a SONANGOL.</p><p>O líder angolano não esqueceu os combatentes guineenses que lutaram ao lado das forças angolanas, nem os países que acolheram as diferentes rondas de negociações de paz, como o Quénia, Portugal, Congo-Brazzaville, Gabão, Zâmbia e Estados Unidos da América.</p><p>Para João Lourenço, reconhecer o contributo de angolanos, cidadãos estrangeiros e organizações internacionais, é essencial para a construção da nação e para a preservação das conquistas alcançadas.</p>