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Governo |
11-11-2025 23:33:33
| Fonte: CIPRA
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Golpes de Estado e mudanças inconstitucionais no continente preocupam Angola
<p>Angola voltou a chamar atenção para o aumento dos golpes de Estado e das mudanças inconstitucionais que têm abalado vários países africanos, fenómeno que está a ganhar contornos preocupantes.</p><p><br>A situação volátil nos países do Sahel africano, as guerras no Sudão e na República Democrática do Congo, que ameaçam a balcanização desses países, devem merecer toda atenção, segundo o Chefe de Estado, João Lourenço, durante o seu discurso no acto central das comemorações do 50.º aniversário da Independência Nacional, esta terça-feira, 11 de Novembro, na Praça da República, em Luanda.</p><p>O Presidente da República sublinhou que Angola mantém uma sensibilidade particular às questões de guerra, paz e liberdade, por ter vivido décadas de conflito. E por essa razão, disse João Lourenço, permanece ao dispor dos países em crise para partilhar a sua experiência e contribuir para processos de reconciliação e estabilização.</p><p>Ao abordar a política externa do país, o Estadista reafirmou os princípios de não-agressão, boa vizinhança e busca de soluções pacíficas, e considerou o respeito pelo Direito Internacional e pelos fundamentos que regem a cooperação entre os Estados como base essencial para a consolidação da paz.</p><p>No plano global, o Chefe de Estado disse ser urgente pôr termo à guerra na Ucrânia e uma resolução duradoura para o conflito no Médio Oriente, que conduza ao cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a imperiosa necessidade da criação do Estado da Palestina.</p><p>A evolução das crises no Sudão e na República Democrática do Congo mereceu igualmente atenção, com referência aos riscos de fragmentação territorial e ao crescimento de grupos armados, factores que exigem maior coordenação diplomática e esforço conjunto no âmbito africano.</p><p>O Presidente alertou ainda para a expansão de organizações extremistas e para a crescente banalização da vida humana nas guerras e conflitos, situação que ocorre frequentemente à margem do Direito Internacional e revela fragilidades das instituições multilaterais responsáveis pela manutenção da ordem.</p><p>Na sua intervenção, João Lourenço defendeu a reforma do sistema das Nações Unidas, particularmente do Conselho de Segurança, <br>por não reflectir mais a realidade do equilíbrio de poderes e da configuração geopolítica, demográfica e de desenvolvimento económico das diferentes regiões do planeta.<br><br>De igual modo, defendeu o multilateralismo, por ser o único modelo inclusivo e capaz de congregar todas as Nações do planeta à volta da abordagem dos grandes temas que afligem o mundo contemporâneo.</p>