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Notícia
Política |
10-12-2022 18:32:52
| Fonte: CIPRA
CIMEIRA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO
Angola assume presidência da OEACP para os próximos de três anos
<p>O país assumiu a presidência da Organização de Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP) para os próximos três anos na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo dos países desta organização, realizada hoje, 9 de Dezembro, em Luanda. </p><p>A mitigação dos efeitos das alterações climáticas, a boa governação, a transparência, a valorização da produção interna de cada país, através de acções a serem realizadas em parceria com instituições internacionais, são as grandes bandeiras escolhidas por Angola para o próximo triénio à frente da OEACP. </p><p>O Presidente da República, João Lourenço, no seu discurso de abertura, destacou a necessidade da organização ser uma força dialogante e actuante, sempre atenta aos fenómenos de toda a natureza que assolam o planeta, para que se consiga em conjunto traçar estratégias e definir modelos de parcerias que ajudem a impulsionar o progresso e o desenvolvimento dos respectivos países.</p><p>“Penso que poderemos marchar em direcção a um destino comum, dentro de um quadro em que os três continentes e os três oceanos se unam para construir uma OEACP resiliente e sustentável, com plena consciência de que devemos ampliar a nossa visão estratégica, para maximizarmos os benefícios que poderemos extrair de todos os nossos recursos e, em especial, os que a economia azul nos pode proporcionar”, referiu. </p><p>João Lourenço falou ainda da importância de se ganhar consciência da força e da capacidade colectiva, para que a organização se torne num factor de equilíbrio no mundo. </p><p> “Os interesses de cada um, por nem sempre terem em conta os interesses dos demais, são sempre susceptíveis de gerar tensões que ameaçam a paz e a segurança internacional, pondo em causa a resolução das preocupações da humanidade, relativamente aos problemas da fome, do combate à pobreza, das alterações climáticas e da utilização e gestão sustentável dos recursos naturais”, alertou. </p><p>O objectivo, segundo o Chefe de Estado, fazer com que cada país deixe o seu contributo para a consecução dos grandes objectivos da Comunidade, convicto de que só serão concretizados com o engajamento e a colaboração de todos os que integram esta plataforma.</p><p>Ao assumir a presidência da OEACP, Angola se compromete em cuidar com rigor e com o mesmo empenho dos seus antecessores, da implementação das estratégias delineadas, tendo sempre em conta os desafios que o mundo enfrenta actualmente para que se saiba que caminhos traçar na defesa dos interesses dos Estados-Membros.</p><p>“Deveremos procurar agir com coesão, mobilizarmo-nos decididamente no plano interno e buscar apoios junto dos nossos grandes parceiros internacionais para obter recursos financeiros, assistência técnica e outros meios para construirmos capacidades que nos permitam executar os projectos de relançamento das nossas economias”, frisou. </p><p>O Chefe de Estado angolano realçou também, na sua intervenção, a necessidade da qualificação dos recursos humanos e a modernização das estruturas produtivas, para que se consiga alcançar ao nível das economias alguns dos objectivos traçados. </p><p>“Devemos procurar envolver os jovens, tirando partido do seu entusiasmo e da sua energia para alcançarmos metas realistas e concretas no domínio da produção agrícola, da produção industrial e no da produção de bens e serviços, que satisfaçam no seu conjunto, as necessidades fundamentais das nossas populações”, defendeu. </p><p>Para o Presidente João Lourenço, impõe- se igualmente, com urgência, um conjunto de diligências, no sentido de se mobilizar recursos financeiros, meios técnicos e capacidade científica, para implementar projectos que visam a mitigação das consequências das alterações climáticas, sobretudo nos países insulares, onde a situação deve ser vista com uma atenção muito especial, para que sejam ajudados a fazer face aos riscos que enfrentam.</p><p>João Lourenço manifestou-se preocupado pelo facto de maior parte dos Estados que compõem a organização apresentarem indicadores de desenvolvimento quase sempre abaixo dos índices internacionalmente aceitáveis. </p><p>Perante esta situação, o Chefe de Estado Angolano apela aos poderes públicos uma intervenção firme e resoluta, para se alterar este quadro preocupante em que muitas vezes estão claramente identificadas as causas dos males, mas que nem sempre, são dados os passos que se impõem para a sua resolução. </p><p> A 10ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da OEACP contou com a presença de Chefes de Estado e de Governo, entre os quais do Zimbabwe, Ilhas Seychelles e da RCA, do secretário- geral da Organização, o angolano Georges Chikoti, chefes de delegação, representantes do Corpo Diplomático e convidados.</p>