O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) está a receber pedidos de financiamento, que se enquadrem no Plano de Acção do Plano Nacional de Fomento para a Produção de Grãos (PLANAGRÃO), que entra agora na fase piloto.
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado para a Economia, Ivan dos Santos, durante uma conferência de imprensa realizada após a terceira reunião ordinária da Comissão Multisectorial de Supervisão do Plano para o Fomento da Produção de Grão (PLANAGRÃO), orientada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, esta quinta-feira, 20 de Abril, em Luanda.
“O PLANAGRÃO vai ser operacionalizado pelo BDA durante os cinco anos de implementação, e os promotores que já tiverem em sua posse os processos todos de solicitação de crédito, no âmbito do que é o escopo do PLANAGRÃO, podem fazê-lo junto do Banco de Desenvolvimento de Angola”, explicou.
Ivan dos Santos informou que na reunião foram analisados três pontos cruciais, nomeadamente as estratégias de financiamento, os projectos-pilotos, principalmente para a província do Uíge, e o relatório de visitas organizadas pela Unidade Técnica de Acompanhamento do programa às províncias da Lunda Norte e da Lunda Sul.
"Foi possível também, de forma muito sintéctica, apreciar e debater o ponto de situação para contratação da consultoria que vai facilitar o próprio processo estratégico e de implementação do PLANAGRÃO, que deve arrancar já em Setembro ”, acrescentou.
Segundo o secretário de Estado para a Economia, o BDA terá um prazo de 45 dias para responder aos pedidos de financiamento e oferecer taxas de juros de até 7,5 por cento aos produtores.
Ivan dos Santos acrescentou que o PLANAGRÃO será implementado, numa primeira fase, nas províncias do Moxico, Lunda Norte, Lunda Sul e Cuando Cubango, com um investimento estimado em 2,8 mil milhões de kwanzas.
Relativamente ao financiamento, Ivan dos Santos afirmou que o tecto de alocação de recursos será definido com base na necessidade de tesouraria, no nível de endividamento e na capacidade de retorno do produtor.
O secretário de Estado informou ainda que vai ser realizado um trabalho conjunto com os governos provinciais, visando identificar fazendas que possam integrar o projecto piloto, sem prejuízos para outras iniciativas.
As províncias eleitas têm características próprias e condições edafoclimáticas adequadas para a implementação do PLANAGRÃO.
O Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos prevê um investimento médio anual de cerca de 670 milhões de dólares para a produção de trigo, arroz, soja e milho, e cerca de 471 milhões dólares anual para a construção e reabilitação de infra-estruturas de apoio ao sector produtivo e social.