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Notícia
Política |
08-06-2023 10:03:50
| Fonte: CIPRA
ANGOLA E EGIPTO
João Lourenço e El-Sisi defendem trabalho conjunto para paz em regiões em conflito
<p>Os Presidentes de Angola, João Lourenço e do Egipto, Abdel Fattah El-Sisi, manifestaram o interesse de os países que lideram trabalharem de forma conjunta para a paz e estabilidade em Estados em conflito em África e na Europa. </p><p>Os dois estadistas falavam quarta-feira, 7 de Junho, à Imprensa, em Luanda, no Palácio Presidencial, depois de se terem reunido, em privado, a propósito da visita, de trabalho de algumas horas, efectuada por Abdel Fattah El-Sisi a Angola, para o reforço da Cooperação bilateral.</p><p>Relativamente a África, João Lourenço, acha necessária a junção de vários organismos para se encontrar as melhores soluções com vista ao alcance da paz no Sudão.</p><p>“Ambos defendemos a necessidade de, quer a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, da qual o Sudão é membro, quer a Liga Árabe, da qual também o Sudão é membro, e o Egipto é igualmente membro, (…) de estas duas organizações trabalharem, de forma coordenada, no sentido de vermos se encontramos as melhores soluções para a busca da paz definitiva no Sudão”, afirmou. </p><p>Segundo o Chefe de Estado angolano, a situação de paz e segurança no Corno de África, em Moçambique, na República Democrática do Congo, na Região do Sahel, todos aqueles países que estão afectados pela instabilidade criada na Líbia, também foi analisada nas conversações com o Presidente da República Árabe do Egipto.</p><p>Quanto à tensão gerada entre os países banhados pelo rio Nilo, nomeadamente, o Egipto, o Sudão e a Etiópia defendeu que estes devem partilha-lo como um bem comum.</p><p>“O rio Nilo não pode ser razão de conflito. Pelo contrário, razão de união entre estes três países. Se houver algum mal-entendido, há toda a necessidade de sentarem e conversarem para se encontrar a forma de todos beneficiarem deste bem que não é, em particular, de um dos países, mas é de todos eles: o Egipto, o Sudão e a Etiópia”, advogou. </p><p>Quanto ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que, “nesse momento mais aflige o mundo”, o Presidente da República afirmou que Angola e o Egipto defendem ambos a necessidade de, enquanto é tempo, pôr-se fim ao mesmo, “que tem causado um conjunto de várias crises”.</p><p>Neste sentido referiu as crises humanitária, de segurança, energética e crise alimentar e que, se não se tiver alguma cautela pode, a seu ver, “descambar para um conflito de dimensões bem maiores, bem piores do que aquele que teve lugar há quase 80 anos. Portanto, a segunda guerra mundial”. </p><p>Por seu turno, Presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, exprimiu a inquietação dos dois países sobre questões preocupantes de ausência de paz e segurança a nível internacional e regional.</p><p>“Como mencionou, sua excelência, o Presidente João Lourenço, na Somália, Líbia e no Congo, e por último Sudão, concordamos na importância de realizarmos todos os esforços para restaurarmos a estabilidade e enviarmos uma mensagem. Falámos, sobretudo, do conflito no Sudão, nas últimas oito semanas, e a importância do cessar-fogo e do início das negociações para o término deste conflito”, sublinhou. </p><p>Abdel Fattah El-Sisi deu a conhecer que durante as últimas semanas o seu governo registou dois mil deslocados nas fronteiras egípcias, situação causada, também, pelo conflito da Líbia, durante os últimos dez anos.</p><p>Sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o Estadista egípcio considerou ser importante que se encontre uma solução para o conflito entre os dois países durante as próximas semanas.</p>