PORTAL CIPRA
Menu mobile
Início
Notícias
Discursos
Galeria
Imagens
Vídeos
PT
EN
FR
ES
Notícia
Governo |
05-07-2023 10:50:13
| Fonte: CIPRA
TELECOMUNICAÇÕES
Ligação por fibra óptica com países vizinhos facilitará comunicação com mundo
<p>A ligação por fibra óptica entre Angola e Zâmbia e Angola e República Democrática do Congo, inaugurada nesta terça-feira, 4 de Julho, no Lobito(Benguela), facilitará a comunicação destes dois países com Angola e o resto do mundo.</p><p>A afirmação foi feita pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, ao discursar na cerimónia de transferência de concessão dos serviços ferroviários e de logística de suporte do Corredor do Lobito, que contou também com a presença dos homólogos da RDC, Félix Tshisekedi, e da Zâmbia, Hakainde Hichilema.</p><p>João Lourenço alertou que um dos grandes problemas que o continente atravessa é o da escassez de infra-estruturas, no geral, mas, especificamente, de infra-estruturas para produção e transportação de energia, para produção de água e de infra-estruturas de telecomunicações.</p><p>“O importante não é apenas os países investirem em infra-estruturas. O importante é que os países partilhem estas mesmas infra-estruturas com outros países”, sublinhou.</p><p>Para a integração regional, acrescentou João Lourenço, “temos de ter canais de comunicação como este Corredor do Lobito. Precisamos também partilhar a energia que os nossos países produzem ou virão a produzir no futuro”.</p><p>O Presidente da República disse ainda que Angola está a fazer importantes investimentos no sector energético e conta, nos próximos anos, ter excedentes e partilhá-los com os países vizinhos.</p><p>“É hora, também, de começarmos a pensar na ligação entre os nossos países africanos, de uma forma geral, mas de forma concreta entre Angola, Zâmbia e a RDC, e investirmos, - não necessariamente com recursos públicos- em auto-estradas que liguem os países da SADC, a RDC, Angola, a Zâmbia, a Namíbia, a África do Sul e outros que constituem a nossa região que, por sinal, é muito próspera”, frisou.</p><p>Para o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, a ligação por fibra óptica terrestre entre Angola, RDC e Zâmbia é um grande contributo para a integração regional da África Austral e do continente, em geral.</p><p>“A Zâmbia e a RDC estão em condições de escoar o seu tráfego de telecomunicações por via dos cabos submarinos que atracam em Luanda e, através dele, conectar-se com o resto do mundo”, referiu o ministro que, por meio de um novo sistema, efectuou a primeira ligação por vídeo-conferência para a RDC e Zâmbia, falando, por alguns minutos, com governantes destes Estados.</p><p>Mário de Oliveira afirmou igualmente esta ligação vai permitir o crescimento da economia dos países e contribuirá para o bem-estar da população.</p><p>“Estamos convictos de que com esta ligação as nossas economias estarão em condições de dar passos significativos de crescimento e com isso contribuirmos para o bem-estar dos nossos povos”, disse.</p><p>O projecto de ligação por fibra óptica terrestre enquadra-se no Plano Estratégico do Executivo Angolano em tornar Angola num “hub regional”, alinhado aos objectivos regionais da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).</p><p>A ligação em fibra terrestre com a RDC é assegurada pelas operadoras Angola Telecom e a Liquid DRC, através de dois circuitos ponto-a-ponto, interligando Luanda e Kinshasa, numa extensão de 1.150 quilómetros com a capacidade de 40 gigabits por segundo, bem como Luanda e Cabinda, por via da comuna do Noqui, província do Zaire, permitindo o acesso aos serviços de voz e dados a usuários nacionais e estrangeiros.</p><p>Já a ligação entre Angola e a Zâmbia é assegurada pelas operadoras Unitel e a MTN, numa ligação ponto-a-ponto com a fronteira da Zâmbia, na zona de Karipande, província do Moxico, até a estação PoP da empresa Angola Cables, em Luanda, com uma extensão de aproximadamente 2.000 quilómetros.</p><p>A concretização dessas ligações permite que os países com fronteiras com a Zâmbia e a RDC tenham acesso regular aos serviços de comunicações e de electrónica por via de Angola.</p>