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Notícia
Política |
18-08-2023 07:56:38
| Fonte: CIPRA
SADC
Chefes de Estado abordam “exaustivamente” sobre paz e segurança internacional
<p>A paz e segurança na Região Austral do continente africano, bem como em África e no mundo, em geral, foram dos assuntos abordados “exaustivamente” na 43ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, realizada esta quinta-feira, 17 de Agosto, em Luanda.</p><p>A afirmação foi do Chefe de Estado angolano e Presidente da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), João Lourenço, no final da reunião da organização regional.</p><p>De acordo com o Presidente angolano, a situação em Mocambique está “consideravelmente mais tranquila e estável”, em grande medida, pela entrada em acção da Força Conjunta em Estado de Alerta da SADC, cuja missão foi recentemente prorrogada por mais um ano, tendo em conta os resultados positivos que se vêm registando.</p><p><br>“A estabilidade nesta zona de Moçambique será a chave para que consigamos dar passos objectivos tendentes à captação dos apoios necessários para a reconstrução económica e social da província de Cabo Delgado e, consequentemente, do país”, afirmou.</p><p>Relativamente ao Leste da República Democrática do Congo (RDC), João Lourenço garantiu a continuação do trabalho na busca dos melhores caminhos para a paz, em estreita coordenação e concertação com os outros mecanismos existentes actualmente para a resolução do conflito.</p><p>A propósito, o Presidente da República enalteceu a deliberação sobre o envio de um destacamento das Forças da Brigada Reforçada da SADC para um período de 12 meses, com o objectivo de ajudar a RDC a encontrar os caminhos mais rápidos para a estabilidade, a fim de contribuir para a pacificação total da região.</p><p>João Lourenço manifestou preocupação com a situação no Sudão, que já causou milhares de mortos, deslocados internos e refugiados, e destruiu muitas das infra-estruturas do país, e apelou às partes para resolverem o conflito por via de negociações, com vista o alcance da paz necessária para a reconstrução nacional e o desenvolvimento económico-social do país.</p><p>Os acontecimentos na região do Sahel, com o terrorismo, e as mudanças inconstitucionais de governos legitimamente eleitos pelos povos, através de golpes de Estado praticados pelas chefias militares, foram outras preocupações apresentadas pelo Presidente da SADC, que encorajou os líderes dos países membros da CEDEAO, no sentido da rápida reposição da ordem jurídico-constitucional nos países em causa.</p><p>Sobre a Europa, João Lourenço defendeu o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, pelas consequências que representa para a paz e segurança mundiais, bem como no quesito alimentar, energético e do comércio internacional.</p><p>“As armas devem se calar e ceder lugar à diplomacia, para se evitar o escalar do conflito ou uma possível confrontação nuclear, negociando uma paz que seja realmente duradoura para a Europa”, exortou.</p><p>Para o Presidente João Lourenço, estes e outros conflitos que se desenvolvem em África e no mundo, associados à seca que afecta vastas áreas da região e às nefastas consequências da pandemia da Covid-19 têm sido os grandes causadores da crise actual na produção alimentar mundial.</p><p>Neste contexto, defendeu um esforço colectivo dos Estados Membros da SADC para identificar medidas que atenuem os impactos resultantes desses factores, para garantir mais produção agrícola, até se atingir a autossuficiência alimentar.</p><p>Apesar de reconhecer melhorias no cumprimento dos prazos das contribuições, João Lourenço disse que ainda não se atingiu a excelência que se pretende, daí a necessidade de se continuar a trabalhar a nível da comunidade e com os Parceiros de Cooperação Internacional, no sentido de obter os meios e ferramentas necessárias para a implementação dos compromissos prioritários constantes do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional.</p><p>Ao terminar, o Presidente da República agradeceu a decisão dos Estados membros da SADC de indicar Angola como seu candidato à presidência da União Africana, em 2025, altura em que o país comemora 50 anos da Independência Nacional.</p>