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Governo |
21-09-2023 16:44:08
| Fonte: CIPRA
NAS NAÇÕES UNIDAS
Angola defende contribuições fixas para as operações de paz em África
<p>Angola apelou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para a utilização de contribuições fixas para as operações de apoio à paz mandatadas pela União Africana. </p><p>O apelo foi feito pelo Presidente da República, João Lourenço, quando discursa na septuagésima oitava sessão da Assembleia -Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, Estados Unidos da América. </p><p>João Lourenço considerou essencial um financiamento adequado, sustentável e previsível para os esforços dos países africanos na luta contra o terrorismo no continente, porque as diligências para conter a expansão do terrorismo e outras acções de desestabilização implicam custos financeiros que nem sempre os países africanos estão capazes de suportar. </p><p>Sem apoio financeiro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Chefe de Estado angolano entende que as diligências para conter a expansão do terrorismo podem comprometer o sucesso das operações de pacificação e deitar por terra as esperanças à volta desses processos.</p><p>Os Governos legítimos, na sua visão de João Lourenço, não devem partilhar os mesmos palcos políticos com aqueles que chegaram ao poder por caminhos inconstitucionais, sob pena de estarem a passar uma mensagem errada, contrária aos princípios que defendem.</p><p> “Cada vez mais ficamos mais convencidos da existência de uma mão invisível interessada na desestabilização do nosso continente, apenas preocupados com a expansão de sua esfera de influência, que sabemos não trazer as garantias necessárias para o desenvolvimento económico e social dos países africanos”, declarou. </p><p>O Chefe de estado angolano lamentou o facto de os conflitos registados no Médio Oriente ou em África merecerem menos cobertura da media internacional e menor atenção dos grandes centros de decisão sobre a paz e segurança mundial.</p><p>Esse comportamento, no seu entender, faz com que a comunidade internacional corra o risco de ser acusada de estar a dar tratamento diferente, privilegiando ao conflito na Europa em detrimento de outros, por estarem no Médio Oriente ou em África, onde o conflito do Sudão é tão mortífero e destruidor quanto o da Ucrânia. </p><p>“O Mundo não se pode esquecer do sofrimento do povo palestino e, muito menos, ignorar a necessidade da resolução do conflito no Médio Oriente, com destaque para o israelo-palestino, cuja fórmula de dois Estados a conviver lado a lado de forma pacífica, já foi encontrada pelas Nações Unidas há anos sem que tivesse alguma evolução”, disse. </p><p>Apesar desta situação, João Lourenço reconheceu que a comunidade internacional está preocupada não só com a situação nos países do SAHEL, no Corno de África, em Moçambique e na República Democrática do Congo, como também com o conflito do Sudão, que para além do elevado número de mortos, de feridos, de destruição das infra-estruturas do país, provocou um incontável número de deslocados internos e de refugiados, tendo se tornado já numa das maiores catástrofes humanitárias que o mundo conhece.</p><p>Para o Chefe de Estado angolano, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia deve merecer toda a atenção das Nações Unidas e premência de se lhe pôr fim imediato, pelos níveis de destruição humana e material que aí se regista, pelo risco de uma escalada para um conflito de grandes proporções à escala global e pela incidência dos seus efeitos nocivos sobre a segurança energética e alimentar. </p><p>“Todas as evidências indicam-nos ser improvável que haja no campo de batalha vencedores e vencidos, pelo que se deve encorajar as partes envolvidas a privilegiar tão cedo quanto possível a via do diálogo e da diplomacia, estabelecer-se o cessar-fogo e negociar-se a paz duradoura não só para os países beligerantes, mas que garanta a segurança da Europa e contribua para a paz e segurança mundial”, referiu.</p>