PORTAL CIPRA
Menu mobile
Início
Notícias
Discursos
Galeria
Imagens
Vídeos
PT
EN
FR
ES
Notícia
Governo |
16-10-2023 21:32:20
| Fonte: CIPRA
ESTADO DA NAÇÃO
Receitas do petróleo devem ser menos usadas para bens e serviços
<p>As receitas do petróleo devem passar a ser menos usadas para o consumo de bens e serviços, e mais para despesas de fomento à diversificação e promoção da economia não-petrolífera, defendeu o Presidente da República, João Lourenço.</p><p>Ao discursar sobre o Estado da Nação esta segunda-feira, 16 de Outubro, na abertura da 2ª Sessão Legislativa da V Legislatura da Assembleia Nacional, João Lourenço referiu que a estrutura económica do país está em transformação, por isso já não está a produzir e a exportar apenas petróleo.</p><p>“Para tal, estamos a abordar os desafios de estabilizar e dinamizar a actividade produtiva, de modo a atenuar o declínio acentuado da produção, manter a competitividade e manter os níveis de produção de petróleo bruto acima de 1,1 milhão de barris/ dia, prevendo licitar mais 50 blocos até 2025”, revelou.</p><p>João Lourenço referiu que os projectos Ndola Sul, Agogo Fuel Field, Begónia, Cameia e Golfinho, que irão concretizar o primeiro projecto de desenvolvimento petrolífero na Bacia do Kwanza e em águas profundas, vão contribuir para se alcançar este objectivo a curto e médio prazos.</p><p>Segundo o Presidente da República, a transformação estruturante está a chegar à indústria de refinação de petróleos, tendo destacado a modernização da Refinaria de Luanda que quadruplicou a sua capacidade de processamento.</p><p>“A Refinaria de Cabinda vai ser uma realidade, esperando-se que a sua primeira fase esteja pronta para entrar em funcionamento já no final de 2024, com uma capacidade inicial de processamento de 30 mil barris por dia”, acresceu.</p><p>Em fase inicial, ressaltou, está o projecto de construção da Refinaria do Soyo, que terá uma capacidade de processamento de 100 mil barris por dia, e foi retomado, após anos de paralisação, o projecto de construção da Refinaria do Lobito com capacidade para processar 200 mil barris por dia.</p><p>“Durante o período de construção, as três refinarias vão empregar mais de cinco mil jovens angolanos e, com a entrada em funcionamento, espera-se que as três novas refinarias possam gerar mais de dois mil postos de trabalho permanente e poupar aos cofres do Estado milhões de dólares que todos os anos são gastos na importação da quase totalidade dos produtos refinados que o país consome”, exclareceu.</p><p>O Presidente da República assegurou que Angola está prestes a concretizar o objectivo de deixar de ser um país importador de produtos refinados para ser exportador, poupando divisas e oferecendo emprego qualificado aos jovens engenheiros, técnicos e outros trabalhadores, para além de poder continuar a exportar o petróleo bruto.</p><p>O Chefe de Estado garantiu, também, que país vai ter uma reserva estratégica de combustíveis para abastecer o mercado nacional e criar a cadeia de exportação do excedente de produção.</p><p>“Entre 2024 e 2025, vamos igualmente aumentar a capacidade de armazenamento com o projecto da Instalação de Combustíveis do Lucapa, na Lunda Norte, com a ampliação do Terminal Oceânico do Lobito, em Benguela, e com o Terminal Oceânico de Cabinda”, acrescentou.</p>