PORTAL CIPRA
Menu mobile
Início
Notícias
Discursos
Galeria
Imagens
Vídeos
PT
EN
FR
ES
Notícia
Governo |
23-11-2023 12:37:16
| Fonte: CIPRA
PARA RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS
Líderes africanos defendem mais aposta na juventude
<p>Os líderes africanos presentes no painel de Alto Nível da Bienal de Luanda destacaram a capacidade dos jovens e a necessidade da sua participação activa nos processos de decisão.</p><p>As entidades defendem mais acções de capacitação e empoderamento desta franja social, com vista ao alcance das melhores soluções para os distintos problemas que o continente enfrenta.</p><p>Nesta 3.ª edição da Bienal de Luanda, que reservou um painel para abordar o papel dos “Jovens, actores na promoção da cultura de paz e transformações sociais do continente”, os participantes buscaram dos oradores respostas sobre o rumo do continente africano, no toca à educação e as acções em curso para pôr fim aos constantes conflitos civis e militares.</p><p>Para o presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, o caminho para uma África melhor passa por criar nos jovens a cultura de paz, tendo em conta a forte capacidade de mobilização e o papel na promoção da coesão e da tolerância.</p><p>“É preciso fortalecer as capacidades dos jovens, quer individualmente, quer nas estruturas juvenis a que eles pertençam. Fortalecendo-as, mais facilmente eles contribuirão para termos um mundo melhor, e garantir essa cultura da paz”, recomendou.</p><p>Na sua visão, “nós só damos valor à paz quando, por alguma razão, não estamos em paz. Como qualquer processo, temos de insistir, trabalhar e nos dedicarmos a ele”.</p><p>Carlos Vila Nova falou também da adopção e melhoria dos mecanismos de acesso ao financiamento, porque, no seu entender, jovens empoderados, com acesso ao financiamento, são capazes de fazer muito mais e contribuir melhor para o desenvolvimento e promoção da segurança e e cultura de paz.</p><p>Para o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, os africanos devem continuar a apostar na sua autonomia, para terem os mesmos direitos e obrigações que o resto da humanidade, face às próprias terras.</p><p>Moussa Faki Mahamat acredita que tudo começa pelo direito das mulheres à educação, ao emprego e à propriedade das terras.</p><p>“Temos a obrigação moral e o interesse de colocar as mulheres no seu devido patamar”, sublinhou.</p><p>O apelo para uma aposta na educação da juventude foi igualmente feito pelo antigo Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano. Aos jovens, incentiva a tirarem melhor proveito das tecnologias para se explorar o potencial agrícola de África.</p><p>Já Olusegun Obasanjo, antigo líder da Nigéria, alertou aos jovens africanos para o perigo das informações negativas sobre África que vem de outras partes do mundo, com objectivo de matar a esperança por um continente promissor.</p><p>O político nigeriano valorizou o diálogo intergeracional proporcionado pela Bienal de Luanda, e afirmou que em África, nem tudo é mau. </p><p>“Mas é isso que muitas vezes nos é dito e aceitamos quando não devíamos”, acrescentou.</p><p>A esse respeito, o Chefe do Governo de Cabo Verde, José Maria Neves, também pediu aos jovens para terem esperança e confiança no desenvolvimento de África, e aos líderes para proporcionarem oportunidades a esta franja da sociedade.</p><p>“Temos grandes talentos em África e na diáspora africana, em todos os domínios. Precisamos de, neste século, cumprir a promessa de desenvolvimento do continente africano, para que, particularmente os jovens, vivam com mais dignidade”, reforçou.</p><p>O Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz- Bienal de Luanda decorre até o dia 24 deste mês, sob o lema “Educação, Cultura de Paz e Cidadania Africana como Ferramentas para o Desenvolvimento Sustentável do Continente”.</p>