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Governo |
15-05-2024 11:27:59
| Fonte: CIPRA
CONSELHO DE MINISTROS
Aprovado Programa de Aceleração da Agricultura Familiar e Reforço da Segurança Alimentar 2023-2026
<p>O Programa de Aceleração da Agricultura Familiar e Reforço da Segurança Alimentar 2023-2026, destinado a agricultores individuais, cooperativas, associações agrícolas, micro e pequenas empresas, foi aprovado esta terça-feira, 14 de Maio, pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, no Palácio Presidencial, em Luanda.</p><p>O programa, avaliado em mais de 85 mil milhões de kwanzas, tem quatro grandes objectivos, sendo o primeiro o fortalecimento da aceleração e a diversificação da produção agrícola, com ênfase na mecanização da agricultura familiar, de acordo com Felisbela Francisco, Presidente do Conselho de Administração(PCA) do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA).</p><p>“Este programa é direcionado às explorações agrícolas familiares, porque a agricultura familiar desempenha um papel fundamental no fomento da diversificação da produção agrícola nacional e no reforço da segurança alimentar, pois eles são responsáveis por mais de 82 por cento dos produtos alimentares que compõem a cesta básica que chegam até às nossas mesas”, afirmou.</p><p>Consta ainda dos objectivos do Programa de Aceleração da Agricultura Familiar e Reforço da Segurança Alimentar 2023-2026, o reforço da capacidade técnica dos agricultores familiares, a massificação dos financiamentos de uma forma simples, descentralizada e desburocratizada, o crescimento do rendimento das famílias e criação de empregos.</p><p>“Por último, este programa também prevê a melhoria da segurança alimentar e o alcance da autossuficiência alimentar”, informou.</p><p>Para se evitar a duplicação de beneficiários, os agricultores vão ser cadastrados num programa de controlo do FADA, segundo Felisbela Francisco, que deu a conhecer, igualmente, a acção desenvolvida no âmbito do plano estratégico do Fundo para dinamizar os financiamentos.</p><p>Uma primeira linha, esclarece, é a de apoio à produção, que consiste em financiar a aquisição dos factores de produção ou dos insumos, como sementes, fertilizantes, adubos e pesticidas.</p><p>Outra linha é a de apoio ao investimento, para aquisição de equipamentos agrícolas, como tractores de pequeno porte com motor, cultivadores, pequenos sistemas de irrigação, motobombas e motosserras.</p><p>Felisbela Francisco referiu que existe ainda a linha de apoio à comercialização, para financiar meios rolantes para o escoamento da produção do campo para as superfícies comerciais.</p><p>De acordo com a Presidente do Conselho de Administração do FADA, está em curso a segunda fase do processo de financiamento da mecanização da agricultura familiar, cujo cadastramento de fornecedores de equipamentos já se iniciou. A previsão é financiar mais de três mil equipamentos.</p><p>“Prevemos financiar 2.664 moto-cultivadoras e 355 tractores. Pretendemos também reforçar as caixas comunitárias inseridas em cooperativas agrícolas e financiar mais de 1.119 cooperativas.”, disse.</p><p>Um pacote tecnológico vai ser criado, igualmente, no sentido de financiar não só equipamentos, mas também um fundo de maneio para que os agricultores possam adquirir os insumos, como sementes, fertilizantes e adubos.</p><p>Felisbela Francisco deu a conhecer ainda a implementação da figura do agente FADA que vai actuar como um agente bancário em representação da organização a nível das comunidades.</p><p>“Isto é um mecanismo de descentralização dos financiamentos do FADA, no sentido de estarmos mais próximos dos nossos agricultores. O programa prevê, até ao final, 54 agentes”.</p><p>O FADA também pretende estabelecer acordos com empresas que tenham uma certa expertise a nível da actividade agrícola, para que elas sirvam de âncoras e que possam ajudar os agricultores com assistência técnica.</p><p>“Esperamos alcançar cerca de 196.332 hectares de terras cultivadas. E a nível da produção, esperamos colher cerca de 3.557.000 toneladas de produtos diversos que fazem parte da nossa cesta básica, entre cereais, raízes, tubérculos e hortaliças”, acrescentou.</p><p>Na perspectiva social, o objectivo do FADA é manter os empregos existentes, criar outras oportunidades para jovens e mulheres e beneficiar mais de 660 famílias.</p>