As fábricas de fertilizante do Soyo, província do Zaire, e a de vacina animal do Huambo, actualmente em construção, vão impulsionar o sector agrícola em Angola, afirmou o Presidente da República, João Lourenço.
“Com estes dois investimentos, teremos basicamente tudo o que necessitamos para dar o tão esperado salto na produção agrícola”, garantiu Chefe de Estado esta sexta-feira, 22 de Novembro, durante a cerimónia de posse de novos governantes.
Foram empossados os ministros da Agricultura e Florestas, Isaac Maria dos Anjos, e do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Albano Vicente Lopes Ferreira, bem como os vice-governadores das província de Luanda e de Cabinda para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, Calunga Francisco Quissanga e Juliano Cuabi Capita, respectivamente.
Na ocasião, o Titular do Poder Executivo ressaltou o potencial do país no sector agrícola e disse que Angola possui condições favoráveis, como terras aráveis, recursos hídricos abundantes, clima adequado e uma população disposta a trabalhar, tendo destacado o regresso de Isaac dos Anjos ao cargo que já ocupara anteriormente.
“O que esperamos de si é que tenha em mente a necessidade de sermos mais ambiciosos neste domínio da Agricultura, numa altura em que muito se fala da necessidade do combate à fome e à miséria, da necessidade de garantirmos a segurança alimentar”, disse o Presidente João Lourenço.
O Executivo, acrescentou, está a investir fortemente em projectos de abastecimento de água no sul do país, particularmente nas províncias da Huíla, Cunene e Namibe, para distribuir em abundância este líquido para esta região.
Em declarações à imprensa, o ministro Isaac dos Anjos comprometeu-se a cumprir as orientações e enfatizou a necessidade de transformar a agricultura numa fonte de prosperidade, assegurando que “tentaremos, de alguma maneira, mudar a retórica e fazer com que a agricultura seja a arte de enriquecer alegremente”.
Por outro lado, ao dirigir-se ao novo ministro do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Albano Ferreira, o Presidente da República pediu um diagnóstico profundo do subsistema de ensino público, que identifique os pontos que devem ser melhorados.
“Traga-nos propostas concretas do que entende ser necessário fazer-se para passarmos ter um ensino superior público de qualidade, exigente, que não se limita a dar diplomas, mas que forme, de facto, os nossos jovens que acorrem a este sistema de ensino”, precisou.
O novo ministro do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação prometeu dar prioridade ao fortalecimento das instituições públicas de ensino superior, abordando questões como infra-estruturas, suporte laboratorial e qualidade do ensino e da aprendizagem.
“As questões de regulação e de rigor em relação à criação de novos recursos e novas instituições continuarão a ser atendidas, muito na perspectiva de garantir instituições robustas de qualidade e que garantam, também, uma boa qualidade de formação dos nossos cidadãos”, garantiu Albano Ferreira.