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Governo |
09-08-2024 17:49:39
| Fonte: CIPRA
CAMPANHA “SOMOS TODOS IGUAIS”
Presidente da República apela às Primeiras-Damas africanas a juntarem-se aos esforços para a paz no mundo
<p>O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, apelou às Primeiras-Damas africanas a unirem as suas vozes às de milhões de mulheres em todo o mundo para exigirem o fim urgente dos conflitos na República Democrática do Congo, Sudão, Ucrânia e na Palestina.</p><p>João Lourenço, que discursava nesta sexta-feira, 9 de Agosto, em Luanda, na abertura da Conferencia “A Educação para a Igualdade de Género e a Luta contra a Violência Infanto-Juvenil”, destacou a importância de defender a vida e a dignidade das mulheres e crianças, que são as principais "vítimas destas guerras".</p><p>O evento, promovido pela Organização das Primeiras-Damas Africanas para o Desenvolvimento (OPDAD), reuniu as Primeiras-Damas de diversos países do continente, e assinalou o início da Campanha “Somos Todos Iguais”.</p><p>Na sua intervenção, o Estadista disse que a construção de sociedades onde há, de facto, igualdade carece de uma participação activa e consciente de governantes, políticos, agentes sociais, culturais e cidadãos, de forma geral.</p><p>"Estes devem assumir em consciência um papel responsável e activo na edificação desta arquitectura social dos tempos modernos, cujo âmbito não pode mais haver lugar a nenhum tipo de discriminação económica, laboral, de acesso ao ensino, aos serviços de saúde e ao emprego", afirmou.</p><p>O Presidente advertiu que não basta formular boas ideias e conceitos sem criar mecanismos eficazes para a sua aplicabilidade, e também apontou ser crucial mudar as mentalidades daqueles que resistem à implementação de padrões adequados de comportamento social.</p><p>João Lourenço reforçou a necessidade de se educar as crianças, tanto rapazes como raparigas, sobre a importância da igualdade de género, uma vez ser a “base para uma sociedade mais equitativa e inclusiva”.</p><p>O Chefe de Estado destacou os esforços do Executivo para implementar políticas que valorizem o papel da mulher na sociedade, através de um quadro de paridade de género, e sublinhou o desempenho das mulheres angolanas como prova de que o país está no caminho certo.</p><p>A educação, acrescentou, deve ser a base para relações saudáveis e para a eliminação do preconceito da superioridade do homem sobre a mulher, que muitas vezes está na raiz da violência física e psicológica, dos maus-tratos morais e de outros abusos.</p><p>“Devemos reconhecer que a construção de um modelo ideal de sociedades inclusivas e paritárias, em termos de género, requer um esforço convergente entre as instituições públicas, privadas e a sociedade civil, onde as mulheres e as meninas, cientes dos seus direitos e convenientemente preparadas sobre como defendê-los, têm um papel crucial a desempenhar em termos de denúncia, sem medo, junto das autoridades competentes, das práticas de assédio e abusos diversos que as afectam”, salientou.</p>