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Governo |
25-09-2024 17:15:59
| Fonte: CIPRA
NA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU
Angola defende reformas na ONU e em instituições financeiras internacionais
<p>Angola defendeu, terça-feira, 24 de Setembro, a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), para corresponder à realidade do mundo contemporâneo.</p><p>O posicionamento do país foi expresso pelo Presidente da República, João Lourenço, no discurso que proferiu na 79.ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, a decorrer em Nova Iorque, Estado Unidos da América, com a participação de vários Chefes de Estado e de Governo ou seus representantes.</p><p>O Chefe de Estado afirmou que o actual formato e composição da ONU ainda reflecte a realidade do pós-guerra em muito ultrapassada pelo tempo e desenvolvimento de outras regiões do planeta, muitas delas de países então colonizados, que hoje são países independentes membros das Nações Unidas.</p><p>Neste contexto, João Lourenço considerou urgente e premente a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e das instituições financeiras internacionais saídas de Bretton Woods, para dar voz aos países do sul global, nomeadamente da África, América Latina, do Médio Oriente e do sub-continente indiano.</p><p>Para o Presidente angolano, o imperativo do multilateralismo deve prevalecer como o único quadro verdadeiramente capaz de salvaguardar os interesses comuns a toda a humanidade.</p><p>“Devemos reafirmar o nosso resoluto compromisso com a diplomacia, o diálogo inclusivo e o recurso a meios pacíficos para a resolução de conflitos”, exortou, durante o debate geral da 79.ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, iniciado terça-feira, com término no dia 30 deste mês.</p><p>João Lourenço disse que desde a criação das Nações Unidas, após o fim da Segunda Guerra Mundial, os povos do planeta almejam uma convivência pacífica a nível global.</p><p>“Passadas quase oito décadas, a constatação objectiva que podemos fazer, na actualidade, é a de que essa perspectiva não só não foi concretizada, como parece estarmos a nos distanciar dos propósitos fundacionais das Nações Unidas”, frisou.</p><p>Perante esta realidade, afirmou, é preciso analisar aonde falhou e que medidas colectivas devem ser tomadas para tornar mais actuante e activa a intervenção das Nações Unidas na busca de soluções que concorram para a prevenção dos conflitos, reforço da paz e da segurança mundial, do comércio e da cooperação internacional, para garantir a prosperidade das nações e o bem-estar dos povos.</p><p>“Assistimos hoje a uma tentativa de se esvaziar, ignorar ou mesmo substituir o papel e a importância das Nações Unidas na resolução das grandes questões que afligem a Humanidade, nomeadamente, aquelas que têm a ver com a paz e segurança universais”, observou.</p><p>Na tribuna mundial, Angola defendeu igualmente a implementação urgente de reformas que conduzam a uma representatividade mais justa dos países africanos no seio das principais instituições financeiras internacionais.</p><p>Segundo estadista angolano, há necessidade de os países africanos defenderem a tomada de decisões e a elaboração de políticas que impactam no quotidiano das populações dos países-alvo das mesmas.<br><br>Os países africanos, referiu, estão firmemente empenhados em “não deixar ninguém para trás, actuar em conjunto para a promoção da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para as gerações presentes e futuras.<br><br>“Em torno deste lema da 79.ª Sessão, devemos mobilizar esforços, capacidades e todos os recursos ao nosso alcance para promover políticas, medidas e programas que tornem possível a concretização das intenções que o mesmo encerra”, acrescentou.</p><p>O Presidente angolano avançou ainda que os países africanos têm procurado contribuir de forma mais efectiva em missões das Nações Unidas destinadas a estabilizar países e regiões em conflito, dentro do esforço colectivo empreendido em favor da consolidação da paz.</p><p>Muitas vezes, esclareceu, estas operações de paz não se realizam com frequência e a efectividade que se impõe por limitações financeiras dos países que se dispõem a participar”, realçou.<br><br>No entanto, saudou o facto desta condicionante estar ultrapassada ao nível do Conselho de Segurança, o que representa um passo determinante no reforço da operacionalidade e efectividade das missões de paz e estabilidade lideradas pela União Africana, que dispõe doravante de um mecanismo de financiamento mais adequado às suas operações. <br><br>“Saúdo vivamente estes desenvolvimentos, sobretudo porque a África quer estar cada vez mais presente não só na abordagem como também nos processos de decisão e resolução relativos aos grandes temas mundiais”, expresso</p>