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Governo | 06-12-2024 16:27:59 | Fonte: CIPRA

VISÃO DE LÍDERES AFRICANOS

Corredor do Lobito pode ser modelo de integração económica

Os Presidentes da República Democrática do Congo (RDC), Zâmbia e o Vice-Presidente da Tanzânia apresentaram uma visão conjunta para transformar o Corredor do Lobito num modelo de integração económica e desenvolvimento sustentável na África Austral.Os três líderes africanos destacaram a importância da paz, estabilidade e investimentos estratégicos para alavancar o potencial do Corredor do Lobito, que promete impulsionar as economias africanas e fortalecer a posição do continente no cenário global.As ideias foram apresentadas durante a histórica Cimeira Multilateral sobre o Corredor do Lobito esta quarta-feira, 4 de Dezembro, na província de Benguela, igualdade com a presença do Chefe de Estado anfitrião, João Lourenço, e o Presidente dos Estados Unidos da América,Joe Biden.O Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Felix Tshisekedi &nbsp;destacou que a segurança é “a pedra angular de todo o desenvolvimento sustentável” e que a estabilidade na região é indispensável para aproveitar plenamente o potencial do corredor.Agradeceu o apoio internacional, em especial dos Estados Unidos, cujos investimentos em infra-estruturas tem sido fundamentais, e apelou ao sector privado a mobilizar-se para investir em projectos ferroviários, energéticos e portuários.“Estamos prontos para trabalhar com nossas irmãs e irmãos da região, para garantir que o Corredor do Lobito seja uma fonte de prosperidade compartilhada”, afirmou.Na mesma linha, o Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, reiterou o impacto transformador do Corredor do Lobito para as economias locais e regionais, apontando-o como um mecanismo para gerar empregos, promover a segurança alimentar e ampliar oportunidades de negócios.Durante a sua abordagem, o líder zambiano apelou aos jovens africanos que vivem no estrangeiro a retornarem aos seus países para realizarem investimentos em sectores estratégicos.“Precisamos de garantir que o Corredor do Lobito não apenas facilite o comércio, mas também traga benefícios reais para os pequenos agricultores, com preços justos e acesso a mercados globais”, declarou.Já o Vice-Presidente da Tanzânia, Phillip Mpango, considerou o Corredor do Lobito uma força catalisadora de integração económica, que vai facilitar o comércio, a troca de tecnologias e o crescimento inclusivo.“Este projecto não é apenas sobre movimentar mercadorias e pessoas, mas também sobre promover prosperidade em alinhamento com as prioridades nacionais de cada país”, afirmou.Phillip Mpango reafirmou o compromisso da Tanzânia com a Agenda 2063 da União Africana, que busca construir um futuro sustentável e interligado para o continente.Com apoio internacional e cooperação regional, o Corredor do Lobito promete reconfigurar a dinâmica Económica da África Austral, conectar mercados, reduzir desigualdades e ampliar oportunidades para milhões de pessoas.

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