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Governo |
13-05-2023 09:52:43
| Fonte: CIPRA
OBRAS CONCLUÍDAS
Laúca assegura 40 por cento de energia eléctrica do país
<p>O Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, com uma capacidade instalada de 2.070 megawatts e cuja construção está concluída, pode atender 40 por cento da demanda energética do país, de acordo com o Presidente da República, João Lourenço.</p><p><br>Falando à imprensa esta sexta-feira, 12 de Maio, no Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, na província de Malanje, o Chefe de Estado afirmou que Angola está muito próximo de atingir os sete mil megawatts, a nível nacional, em termos de produção de energia eléctrica.</p><p><br>João Lourenço disse que a produção de energia eléctrica do país inclui fontes variadas, como o Ciclo Combinado do Soyo, as barragens de Cambambe, de Capanda e, agora, a de Laúca, juntamente com as centrais fotovoltaicas do Biópio, da Baía Farta e de Caraculo, bem como as centrais térmicas em algumas províncias.</p><p><br>“Gostaria de dizer que hoje é um dia de grande alegria, se tivermos em conta que aqui, a partir do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, viemos dar por concluídas as obras desta importante infra-estrutura energética para o nosso país. Digo importante, porque ela sozinha consegue satisfazer cerca de 40 por cento das necessidades de consumo de energia do nosso país”, afirmou João Lourenço, depois de constatar a conclusão das obras do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca e de proceder ao descerramento da placa da central ecológica da mesma.</p><p><br>João Lourenço realçou o facto de a infra-estrutura, com seis unidades de tomadas de água, 2,2 milhões de metros cúbicos de escavação e 96 mil metros cúbicos de betão, ter sido inteiramente construída com recursos ordinários do Tesouro, sem se socorrer de qualquer linha de financiamento.</p><p><br>“Esta Barragem de Laúca foi construída com recursos ordinários do Tesouro, o que é uma situação extraordinária. Um investimento desta envergadura é de preferência que tenha uma linha de financiamento segura. Lamentavelmente, não aconteceu com Laúca. Foi um esforço financeiro muito grande para a tesouraria do país, mas chegámos ao fim!”, declarou.</p><p>O Presidente revelou que o Executivo está a procurar investimentos privados, tanto estrangeiros como nacionais, com o objectivo de industrializar o país.</p><p>“Queremos mais indústrias, porque elas produzem bens e serviços e dão bastante emprego. E não há indústria sem energia. Não há indústria sem infra-estruturas, energia, água e acessos. Portanto, o problema da energia está sendo resolvido e o que devo dizer é que a indústria está neste momento atrás da oferta de energia”, disse.</p><p><br>Relativamente à Barragem de Caculo-Cabaça, João Lourenço anunciou que “se tudo correr como previsto”, a mesma será inaugurada em 2026.</p><p><br>“Em princípio, se tudo correr bem, sobretudo com a questão da linha de financiamento, é muito provável que concluamos Caculo-Cabaça em 2026”, frisou.</p><p><br>Presidente da República assegurou que o problema energético no país está a ser resolvido, mas agora entende ser necessário investir na transportação da energia eléctrica produzida na Bacia do Cuanza e na rede domiciliária de praticamente todo o país.</p><p><br>“Já não estamos mal em termos de produção, mas ainda estamos mal em termos de levar essa produção para junto dos consumidores, quer com as linhas de transportação, quer com as redes domiciliária”, sublinhou o Presidente da República.</p><p>Durante a construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, localizada na Bacia do Kwanza, foram criados 15 mil postos de trabalho directos e 53 mil indirectos, sendo 95 por cento ocupados por cidadãos nacionais oriundos de todas as províncias do país.</p>