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Governo |
03-08-2023 19:39:45
| Fonte: CIPRA
SITUAÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA
Presidente da República dialoga com representantes de associações empresariais
<p>O incremento da produção nacional, preço de propinas do ensino privado, crédito de apoio ao empreendedorismo feminino e fomento do turismo estiveram no cerne das preocupações manifestadas por representantes empresariais ao Presidente da República, João Lourenço, esta quinta-feira, 3 de Agosto, no Palácio Presidencial.</p><p>O Chefe de Estado recebeu, em audiências separadas, os presidentes das associações de Avicultores (ANAVI), Rui Santos, das Indústrias Cimenteiras de Angola (AICA), Manuel Pacavira, de Profissionais Imobiliários de Angola (APIMA), Cleber Correia, dos Hotéis e Resorts de Angola (AHARA), Ramiro Barreira, do Ensino Privado (ANEP), António Pacavira e da Federação das Mulheres Empreendedoras de Angola (FEMEA), Francisca Fortes.</p><p>Em declarações à imprensa, Rui Santos, falou de um programa de produção de 15 anos que a ANAVI tem estado a discutir com o Executivo angolano para o incremento da produção não só de ovos, já em efectivação, mas sobretudo de frangos e de carne, projecto que prevê 10 mil toneladas no primeiro ano de produção.</p><p>O empresário referiu que o Presidente João Lourenço tomou boa nota das preocupações apresentadas e que “vai baixar orientações claras” para dar resposta à demanda.</p><p>No sector da indústria cimenteira, o diálogo versou sobre a estabilidade do abastecimento de combustíveis às unidades de produção, custos de produção, em termos de benefício para a diminuição dos custos e, consequentemente, o preço final do cimento e dos recursos minerais.</p><p>Manuel Pacavira, Presidente das Indústrias Cimenteiras de Angola (AICA), agradeceu a oportunidade concedida pelo Presidente da República para ouvir as preocupações do seu sector, visando a continuidade da produção.</p><p>Garantiu continuar a distribuição ao mercado com cimento nacional, particularmente na província de Cabinda, para que se reduza a importação de cimento a partir de Ponta Negra, “que tem um mercado muito forte”.</p><p>Quanto ao sector imobiliário, apontaram-se diplomas que precisam de ser aprovados pelo Executivo angolano, nomeadamente o documento sobre alienação fiduciária e outros projectos como Agro Vilas, para resolver os problemas dos ex-combatentes e arrendamento social para cidadãos que não têm capacidade financeira.</p><p>Em relação à alienação fiduciária, o presidente da Associação de Profissionais Imobiliários de Angola (APIMA), Cléber Correia, adiantou que o diploma visa permitir a resolução de um incumprimento sem uso do tribunal e estabelecer relações directas entre comprador e vendedor, fazendo com que o agente privado venha a financiar o próprio comprador.</p><p>Por seu turno, o presidente da Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHARA), Ramiro Barreira, disse ter recebido do Presidente da República, João Lourenço, desafios no sentido de trabalhar e criar melhores caminhos e plataformas para desenvolver o turismo em Angola.</p><p>De entre as orientações deixadas pelo Titular do Poder Executivo, constam a promoção de pequenos negócios, como lanchonetes, restaurantes e tabacarias em sítios emblemáticos da actividade turística no país.</p><p>“Temos muito desafios e o maior deles é nos mantermos unidos para tornar Angola um país com um turismo sólido e forte”, declarou.</p><p>António Pacavira, presidente da Associação do Ensino Privado (ANEP), afirmou que propôs ao Presidente João Lourenço a redução do imposto industrial de 25 para 10 por cento e a abertura de uma linha de crédito para o sector da educação.</p><p>António Pacavira declarou que, se o Governo anuir aos pedidos da classe académica, o preço das propinas poderá conhecer um equilíbrio, e anunciou para este ano uma actualização das propinas.</p><p>“Não haverá um aumento substancial, porque continuamos no regime de preços vigiados. Ou seja, o Governo vai manter o controlo das propinas e enquanto esse regime durar os colégios terão os preços mais ou menos equilibrados”, assegurou.</p><p>A presidente da Federação das Mulheres Empreendedoras de Angola (FEMEA), Francisca Fortes, defendeu, entre outros benefícios para a classe feminina, a criação de um fundo de crédito para apoiar as mulheres.</p><p>Francisca Fortes pediu ainda ao Presidente da República maior capacitação e formação da classe feminina para as áreas de agro-negócios, agro-indústria e alfabetização, bem como a descentralização do Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão ( SIAC) para as comunidades que vivem em zonas de difícil acesso.</p>