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Economia |
18-07-2024 11:12:41
| Fonte: CIPRA
JOSÉ DE LIMA MASSANO
Produção interna vai aliviar pressões inflacionistas
<p>Os esforços do Governo angolano para aumentar a produção interna deverão ajudar a aliviar as persistentes pressões inflacionistas em Angola, fortalecer o kwanza e estimular o crescimento económico, afirmou o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.</p><p>Em entrevista à agência Bloomberg, publicada esta quarta-feira, afirmou que o Governo está a construir infraestruturas para ligar o campo às principais cidades, a disponibilizar linhas de crédito para os agricultores aumentarem a produção e tem, no âmbito do Planagrão, cerca de 2 milhões de hectares de terra disponíveis para grandes investidores na produção agrícola.</p><p>O ministro de Estado reiterou os esforços em curso para diversificar a economia de Angola, investindo na cadeia alimentar como base para a diversificação da economia.</p><p>“O sector petrolífero continuará a ter um papel muito importante na nossa economia, mas o que realmente queremos é crescer o sector não petrolífero”, realçou José de Lima Massano, referindo que a economia deverá crescer 3,2 por cento este ano, em comparação com 0,9 por cento em 2023.</p><p>Na entrevista à Bloomberg, José de Lima Massano avançou, por outro lado, que o Governo continua comprometido com a eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis.</p><p>“Agiremos com sentido de prudência”, disse o governante, acrescentando que “neste momento, não temos um cronograma para completar este processo.”</p><p>A Bloomberg refere que a nação da África Austral está a levar a cabo um massivo programa de privatizações numa tentativa de atrair investimentos e reduzir o papel do estado na economia.</p><p>A alienação de participações na seguradora estatal ENSA – Seguros de Angola SA está a decorrer agora, enquanto a venda da participação no Standard Bank Angola deverá acontecer até novembro do corrente, disse José de Lima Massano.</p><p>O ministro de Estado para a Coordenação Económica revelou a propósito que o Estado angolano vendeu 108 empresas das quase 200 previstas para privatização, mas continua a fazer sentido para a Sonangol manter as participações no BCP e na Galp.</p><p>O Governo também planeia uma oferta pública inicial da Unitel, a maior empresa de telefonia móvel de Angola, e a venda de uma participação no Banco de Fomento Angola, o segundo maior banco, no próximo ano, disse Massano.</p><p>Segundo a Bloomberg, o ministro de Estado não forneceu detalhes sobre a dimensão das vendas de activos, mas reiterou o compromisso do Governo de, eventualmente, abrir o capital da Sonangol, não avançando um prazo.</p><p>“A Sonangol é uma empresa de grande dimensão e estratégica e está a executar um programa de regeneração. Uma vez concluído esse programa, poderá então dar outros passos nesta frente também”, esclareceu.</p><p>“Estamos a avançar com o nosso plano de privatização, pois o nosso objetivo é construir uma economia de mercado competitiva e dinâmica”, realçou.</p><p>Com sede em Nova Iorque, a Bloomberg é uma agência de notícias e empresa de serviços financeiros fundada em 1981 por Michael Bloomberg. É amplamente reconhecida pela sua influência e credibilidade no mundo financeiro, sendo uma das principais fontes de informação para profissionais do sector e investidores em todo o mundo.</p><p>Angola conheceu, no primeiro trimestre de 2024, o maior crescimento económico dos últimos nove anos, atingindo 4,6 por cento.</p><p>Nos últimos anos, a economia angolana tem demonstrado “uma resiliência assinalável”, superando adversidades impostas pelo contexto nacional e internacional, tendo merecido elogios recentes do Fundo Monetário Internacional (FMI).</p>