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Governo |
16-10-2024 19:22:21
| Fonte: CIPRA
INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS
Asfaltados cerca de 105 quilómetros de estradas em 12 meses
<p>Nos últimos doze meses, foram asfaltados cerca de 105 quilómetros de estradas nas províncias do Bengo, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, Huíla, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Malanje, Moxico, Namibe, Uíge e Zaire, totalizando 26.605 quilómetros de estradas asfaltadas no país, informou o Presidente da República.<br><br>Na sua Mensagem sobre o Estado da Nação, nesta terça-feira, 15 de Outubro, na Assembleia Nacional, em Luanda, João Lourenço disse ainda que foram instalados 268 metros lineares de pontes e estão em curso trabalhos de reabilitação de cerca de 2.430 quilómetros de estradas em várias regiões do território nacional.<br><br>O Presidente João Lourenço reiterou a importância das infra-estruturas para o desenvolvimento económico do país, sublinhando o impacto directo que os investimentos em estradas, pontes, transportes, logística, energia e água têm na produção nacional.<br><br>O Executivo, acrescentou, mantém a sua convicção de que as infra-estruturas são essenciais ao crescimento económico do nosso país e que o maior incentivo à produção nacional é o investimento que faz nas estradas e pontes, nos transportes, na logística e na mobilidade, na energia e água, entre outros. <br><br>O Chefe do Executivo angolano mencionou que os investimentos em infra-estruturas essenciais para o crescimento económico são elevados e destacou a importância de se encontrar soluções financeiras eficazes para assegurar a sua continuidade.<br><br>No sector energético, João Lourenço revelou que estão em desenvolvimento projectos de electrificação para cerca de 75 localidades em várias províncias, prevendo-se mais de 250 mil novas ligações domiciliares. Além disso, está em fase de aprovação, pelo EXIMBANK dos EUA, um investimento para a electrificação de mais 126 localidades.<br><br>“Vamos continuar a trabalhar nos domínios da distribuição de energia e da electrificação rural, para superarmos a actual taxa de acesso à energia eléctrica de apenas 44% e ver se chegamos aos 50 porcento até ao final de 2027”, declarou.<br><br>O Presidente da República também destacou o progresso no campo da energia verde, referindo que 66 porcento da energia no país é actualmente gerada por fontes renováveis, como centrais hidroeléctricas e parques fotovoltaicos, com a expectativa de que essa percentagem suba para 72 porcento até 2027.<br><br>Em relação ao acesso à água, o Presidente reconheceu os desafios, particularmente em Luanda, onde grande parte da população enfrenta dificuldades. <br>Para reverter a situação, disse que o Governo está a implementar vários projectos que deverão beneficiar mais de sete milhões de pessoas até ao final de 2027, com a instalação de novos sistemas de abastecimento de água.<br><br>“Com os projectos ETA Bita, ETA Quilonga e o Centro de Distribuição da UGP, teremos capacidade para que mais sete milhões de pessoas beneficiem do líquido precioso, com a execução de mais de 500 mil ligações domiciliares”, reforçou.<br><br>O combate à seca no sul do país foi outro ponto destacado, com a construção de barragens e canais de água, nomeadamente na bacia do Rio Caculuvar, onde está em curso a construção da barragem da Cova do Leão, que beneficiará mais de 350 mil pessoas até 2026.<br><br>“Há mais de dois anos que o canal do Cafu é uma realidade, disponibilizando água e criando oportunidades ao longo dos seus 165 quilómetros de extensão. Estão em construção as barragens do Ndue e do Calucuve na bacia do Cuvelai, bem como 180 quilómetros de canais que levarão água a Ondjiva e Embundo”, disse. <br><br>No sector dos transportes, João Lourenço mencionou o interesse internacional pelo Corredor do Lobito e os avanços na modernização de aeroportos e terminais portuários, com a conclusão das cinco novas estações do Caminho-de-Ferro de Luanda prevista para o final de 2025.<br><br>“Registámos avanços significativos com as concessões dos Terminais de Contentores e Carga Geral do Porto do Lobito e do Terminal Polivalente e Multiusos do Porto de Luanda, gerando até ao momento cerca de 380 milhões de dólares de receitas para o Estado, além dos benefícios com a modernização das infra-estruturas portuárias”.<br><br>Relativamente a Cabinda, o Presidente manifestou preocupação com as dificuldades logísticas, mas afirmou que as obras do Terminal de Águas Profundas do Caio estão a avançar e deverão ser concluídas em 2025, o que permitirá a atracagem de navios de grande porte e promoverá o comércio regional e internacional, gerando novos empregos e maior eficiência.<br><br>Na área das telecomunicações e tecnologias de informação, João Lourenço destacou a importância de melhorar estas infra-estruturas, vitais para a competitividade do país. “Vamos continuar a trabalhar para termos uma infra-estrutura robusta que cubra e sirva todo o território nacional”, assegurou. <br><br>O Presidente falou ainda da reestruturação dos parques nacionais, com melhorias na gestão e fiscalização, permitindo o repovoamento animal e impulsionando o turismo, ao mesmo tempo que se protege a biodiversidade.</p>